segunda-feira, 30 de julho de 2012

Outras marcas de porcelana - Paris, Limoges

 
       Porcelana de Paris          

Este é um dos tesouros da porcelana, não só pela delicadeza e frescura da decoração - bouquets e raminhos pintados à mão, com uma fina orla dourada à volta da aba - mas pelo que representa na história da porcelana francesa do séc. XVIII. O prato tem um tamanho considerável para porcelana, cerca de 32cm e data entre 1776 e 1789.O fabrico da porcelana na França teve início no final do séc. XVII, em Rouen e St. Cloud, com pasta tenra que ainda não usava o caulim.

Surgem outras fábricas em Chantilly e Mennecy, mas só em meados do séc. XVIII o rei Luís XV decidiu financiar a instalação de uma fábrica de porcelana no seu Castelo Real de Vincennes. Para proteger este investimento, promulga um Édito Real que vai condicionar a atividade de todas as outras fábricas de porcelana na França, impedindo-as de usar ouro e determinadas cores na decoração das suas peças e proibindo todos os trabalhadores de Vincennes de se mudarem para fábricas rivais.

A protecão real permitiu a esta unidade, transferida para Sèvres em 1756 por influência de Madame de Pompadour, atingir elevadíssimo grau de qualidade que rivalizava com a de Meissen, na Alemanha. A porcelana continuava a ser de pasta tenra, ao contrário da de Meissen e só a partir de 1769 passaram a fabricar ao mesmo tempo porcelana de pasta dura, como a chinesa e a alemã.
Devido a este protecionismo de que gozava a porcelana real de Sèvres às portas de Paris, muitos fabricantes que se estabeleceram em Paris no final do séc. XVIII, procuravam obter proteção dos poderosos para que a sua fábrica pudesse gozar de relativa liberdade na criação artística. Estas fábricas eram conhecidas ou pelo nome do proprietário, ou pelo nome do patrono (nobre ou membro da família real), ou pelo nome da rua onde se instalaram.

Este é o caso do fabricante deste prato, André-Marie Leboeuf, que se estabeleceu na rue Thiroux em 1776. Assim, esta porcelana é conhecida por rue Thiroux ou também por Porcelaine à la Reine já que a sua patrona era, nem mais nem menos, a Rainha Maria Antonieta, sendo o A da sua inicial, coroado ou não, que está na marca. Como esta personagem teve o fim triste que todos conhecemos em 1793, a fábrica mudou de mãos após a Revolução Francesa e deixou de utilizar a marca coroada.




À porcelana produzida nestas fábricas de Paris no final do séc. XVIII, início do séc. XIX, muitas delas sem marca, convencionou-se chamar Vieux Paris, Old Paris ou Alte Paris (Paris Velho) expressão usada em vários países europeus para identificar este tipo de porcelana.

 
 Porcelana de Limoges  
A argila com caulim, indispensável à produção da porcelana, foi descoberta em Saint Yrieix de Perche, localidade perto de Limoges, em 1771, pouco depois da instalação da sua primeira fábrica de porcelanas.

O desenvolvimento da industria cerâmica ocorreu graças ao impulso dado pelo economista Turgot e a porcelana de Limoges tornou-se famosa durante o século XIX. De alta qualidade foi desenvolvida, primeiro na China e depois utilizada na Europa.

Nessa época muitas peças em branco saiam das fábricas de Limoges para ser decoradas e pintadas em Sèvres, porque, no final do século XIX, o auge da moda era a pintura sobre porcelana. Estas peças, apesar de não terem sido pintadas nas oficinas de Limoges, não são consideradas falsificações, são autênticas Limoges.
                   
   
A decoração dessas porcelanas normalmente é decalcada, isto é, feita na base do decalque (desenhos previamente impressos em papel). Algumas peças, após o decalque recebem retoques a pincel, que lhes dão relevo e também a impressão de serem pintadas a mão.

A porcelana de Limoges foi sempre uma presença certa nas mesas brasileira do final do século XIX até a Primeira Guerra Mundial. No Brasil não só apareceram aparelhos de jantar, mas também jarros e bacias, usados como lavatórios e ou tros objetos. Muitos titulares de nosso império tiveram seus serviços de Limoges, monogramados e também brasonados.

Baseando-se muitas vezes nos estilos de uso na época, apareceram no começo do século XX, ricos serviços para caça, peixe, etc., normalmente de bordas recortadas, que recebiam generosa decoração em ouro, às vezes em relêvo. Muito desses jogos, pintados à mão e assinados, tinha em cada peça, um desenho diferente referente ao tema escolhido.

No começo do século XX, o Rio de Janeiro teve representantes desta fábrica; A Casa Vianna e A Casa Oscar Machado, representantes de Mappin & Webb, além de joalheiros representavam Charles Pillvuyt et Cie, representantes franceses da fábrica de Limoges

Nos dias atuais, as fábricas de Limoges continuam produzindo suas louças; a linha tradicional e outras com formas e motivos inteiramente modernos. Algumas fábricas aceitam encomendas para completar serviços antigos.



 
Curiosidade:
A caixa de porcelana Limoges com dobradiças foi inventada em Paris no início de 1700 e era popular entre a aristocracia francesa como tabaqueiras ou porta cigarros de luxo. Consideradas um detalhe elegante, as caixas desapareceram na época da revolução francesa e reapareceram em meados de 1800. Logo as pessoas começaram a levar suas pílulas em caixas de Limoges. Essa moda saiu de uso há muito tempo e caixas de Limoges são utilizadas agora como presentes especiais.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Outras marcas de porcelana - Meissen, Viena e Sèvres

 
Muitos príncipes europeus, desde o séc. XVI, com a chegada dos primeiros navios portugueses  a Lisboa carregados de riquezas orientais, viviam deslumbrados com a beleza das porcelanas da China.

Ante já chegavam porcelanas chinesas à Europa, através do mercado árabe, mas nunca se tinha visto tanta quantidade e diversidade. Os membros da alta nobreza europeia passaram a colecionar belos exemplares para os seus gabinetes de curiosidades, mas ansiavam ter a sua própria produção. Instalavam pequenas manufaturas junto aos seus palácios, só que não conseguiam chegar à fórmula mágica da verdadeira porcelana - vítrea, resistente, deslumbrante. Faltava-lhes um ingrediente fundamental, o caulim, que os chineses, certamente por acaso, já haviam descoberto e usado no fabrico de porcelanas desde o longínquo séc. VII ou VIII, de acordo com relatos árabes do séc. IX.

Desde o século XVI, devido às importações pelas Companhias das Índias, a produção europeia se limitou a copiar toscamente a porcelana oriental, como a produção de Florença, até quando, no fim do século XVII, iniciou-se a produção francesa em Rouen e Saint-Cloud.

Então surgiu nas escavações em Meissen (Alenanha), uma argila branca (com alto teor de caulim) que substituiu a anterior de cor vermelha.

E em 1710 em Meissen, em 1718 em Viena, em 1756 em Sèvres (França) surgiram as grandes manufaturas de porcelana (louça fina, de pasta forte, translúcida, composta principalmente de caolim, feldspato e quartzo, queimada sob alta temperatura) seguidas pelas de Paris, Limoges, Berlim, Nápoles, Buen Retiro (Espanha), Vista Alegre (Portugal), Delft (Holanda), além das inglesas (Derby, Bow, Weddgwood, Worcester, Chelsea, Davenport, etc.

Entretanto a massa produzida em Meissen continuou sendo a mais branca, graças ao caulim existente naquela região e as melhores porcelanas foram as de Meissen e Sèvres com as suas famosas marcas de espadas cruzadas e L entrelaçados, na alemã pelo escudo da Saxônia e na francesa homenageando o Rei Luís XV.

Conta-se que Luís XVI, o último monarca da França, fiel ao hábito de seus antecessores, sempre presenteava os dignitários de outros países com as porcelanas de Sévres e as tapeçarias de Gobelin, que no fundo se constituía em propaganda da excelência destes produtos.

A porcelana é muito apreciada, perdurando como arte até os dias de hoje, especialmente pelas inúmeras possibilidades de pintura e riquíssimas criações que permite. É um meio onde cada artista imprime suas características, sua criatividade e os traços do meio em que vive.

Porcelana de Meissen
                                                           A primeira fábrica de Meissem
Na primeira década do séc. XVII, Johann Friedrich Bottger, um químico ou alquimista, a serviço de Augusto, o Forte da Saxónia (ele mesmo um colecionador de porcelanas), descobriu e utilizou o caulim em suas experiências e pôde então fa bricar a primeira verdadeira porcelana europeia.

Em 1710, a partir de um decreto feito pelo Príncipe Eleitoral da Saxônia e pelo Rei da Polônia, a Porcelana Meissen Manufactory iniciou suas atividades no Castelo de Albrechtsburg . Imitada por toda a Europa, a fabrica cultiva e produz há 300 a nos a arte da porcelana artesanal e de luxo sem concessões.


Em Portugal chamam-na frequentemente de porcelana de Saxe.

O luxo das porcelanas produzidas em Meissen está caracterizado na matéria prima utilizada, no artesanato tradicional e em uma estética especial de individualidade, sensualidade e de alta qualidade.

O mais importante para a Meissen foi manter em segredo durante séculos a sua fórmula e a tecnologia de fabricação artesanal. Apenas alguns colaboradores conhecem parte do segredo de fabrico. Este segredo leva o nome de Arcanum.

Em 1718, quando Samuel Stötzel , perito da Meissen, tentou usar seu conhecimento para criar uma concorrência, a Meissen viu a necessidade de criar uma marca registrada pois só desta forma, seria possível provar que a peça era original da Meissen ® porcelanas. 

 
 
As Swords Crossed - Espadas Cruzadas, que são gravadas nas peças, trouxeram uma marca  cuja história e notoriedade a nível global é, ainda hoje, única.

A fama da porcelana de Meissen é legendária e ela manteve a liderança na produção de porcelana artesanal mesmo depois da criação de marcas como KPM, Royal Copenhagen e Hering Berlin.

Atualmente, a situação das fábricas de porcelanas da Alemanha é um tanto delicada. A porcelana de Meissen é um artigo de luxo e a atual crise financeira mundial tem feito cair a demanda por este tipo de produto nos países de primeiro mundo.



Porcelana de Viena
A porcelana de Viena forma, com Saxe (de Meissem) e Sèvres, a trindade ilustre da porcelana artística ocidental.

Fundada em 1718 é, depois de Meissen, que se instalou em 1710, a mais antiga manufatura de porcelana dura, ou seja, a verdadeira porcelana da Europa.
Não teve como Saxe e Sèvres origem oficial, surgiu graças aos esforços de Claudius Inocêncio Du Paquier, que foi, de 1718 a 1744, o seu diretor e principal proprietário.

O primeiro período da Manufatura de Viena e suas peças, atualmente raríssimas e dificilmente identificáveis, têm como características a rudeza da pasta e a pobreza da decoração, sem marcas distintivas ou indicações de qualquer outra espécie.

As dificuldades financeiras e técnicas e a pouca aceitação nos mercados, então servidos por Saxe e pela China, levaram Du Paquier à ruína, somente a visão da Imperatriz Maria Teresa impediu que a manufatura fechasse as suas portas para sempre.




 
Em 1744, o Estado encampa a obra de Du Paquier e tem início o chamado segundo período. Viena torna-se Manufatura Imperial e daí a sua marca: o escudo dos Habsburgos (A Casa de Habsburgo -em alemão: Haus von Habsburg-também conhecida por Casa da Áustria ou Casa d'Áustria, é uma família nobre européia que foi uma das mais importantes e influentes da história da Europa do século XIII ao século XX.). O valor artístico melhora e a técnica se apura e a porcelana se apresenta já bem ao gosto e à moda do século XVIII — é o chamado período rococó.
A porcelana de Viena, que vai de 1744 a 1784, se apresenta ora imitando a louça de Meissen, ora imitando a inimitável porcelana mole de Sèvres, ora seguindo as linhas da velha porcelana chinesa. Não tem uma característica própria, mas se expande; o segundo período, se não apresenta a riqueza do desenho e da cor, significa, na vida da Manufatura Imperial, a grande época da forma, graças aos grandes modeladores que possuia: Leopold Dannhauser, Josef Niedermayr, Franz Caradea, Anton Grassi.

Dirigiram a Manufatura Imperial, no segundo período; Maierhofe von Grünbühel, de 1744 a 1758; Josef Wolf von Rasenfeld, de 1758 a 1770, e Kessler, de 1770 a 1784.
Em 1784 é nomeado diretor o barão de Sorgenthal. Com êle se inicia o terceiro período da Manufatura, não porque tivesse havido qualquer mudança na estrutura, mas por causa do alto nível de bom gosto e riqueza da fabricação, que deram à Manufatura Imperial de Viena o lugar de destaque que tem no mundo da porcelana. É a época dos belos coloridos, das finas miniaturas e das ricas decorações.

Com a morte de Sorgenthal, começa o quarto e último período da Manufatura. Com excessão do primeiro dos diretores desta época, os demais conduiram-na, às vêzes sem culpa, à decadência e ao fim.
Foram diretores: Niedermayr, de 1806 a 1827; Benjamin Scholz, de 1827 a 1834; Baumgarthner, de 1834 a 1844; Leithner, 1844 a 1856, e Alexandre Lõwe, de 1856 até1864, o fim.


 

 
Porcelana de Sèvres
Fundada há mais de dois séculos e meio, a Manufatura Nacional de Sèvres é considerada a mais importante fábrica de porcelana da França. Ela sempre se notabilizou pela excelên cia de suas peças exclusivas que são muito apreciadas pelo estilo único de decoração e grande valor artístico.

Instalada em um majestoso prédio à margem esquerda do Rio Sena, no Parque Saint Cloud, apenas dois quilômetros de Paris, a Manufatura Nacional de Sèvres sempre se destacou das outras indústrias pela qualidade de suas porcelanas, principalmente por causa do trabalho meticuloso de seus artesãos.

A Fábrica de Sèvres surgiu no segundo quartel do século XVIII, apoiada na doutrina eco nômica do reinado de Luís XV, que favorecia as artes e os artigos luxuosos. A manufatura de porcelana de pasta mole foi criada por Orry de Fulvy, irmão do Controlador-Geral (Finan ças) Orry de Vignory, que pretendia com isso resolver os seus problemas de dinheiro. Com um capital inicial de 10 mil libras, convocou alguns artesãos de Chantilly e montou a fábrica no magnífico Castelo de Vincennes.
A indústria, no entanto, dava grandes prejuízos, causados principalmente pelos excessivos gastos com suas suntuosas instalações. O Rei Luís XV assumiu as dívidas e passou então a administrar a fábrica cuja sede foi transferida para Sèvres em 1756. Além do rei da Fran ça, Madame Pompadour, os ricos negociantes e a nobreza, todos admiradores das porce lanas de Sèvres, passaram a proteger a manufatura. Luís XV emprestou a inicial do seu nome para ser marca das peças. Os dois "L" entrelaçados, com coroa para a porcelana dura e sem coroa para a cristalina, são as marcas mais antigas de Sèvres. Letras do alfabeto indicam o ano em que foi fabricada a peça.






Em 1761 Hannong, que havia trabalhado na grande fábrica de Frankental, levou para a manufatura de Sèvres o segredo da chamada pasta dura. Com o descobrimento do caulim em solo francês, em 1765, surgiram porcelanas com esta matéria que, embora de qualida de inferior, marcou um ponto alto no fabrico de porcelana. A descoberta de jazidas de cau lim em Saint-Yrieix, em 1768, que permitiu a fabricação de porcelana dura de alta qualida de, fez crescer a indústria de Sèvres. Ao mesmo tempo as artísticas louças de pasta mole ficavam cada vez mais valorizadas. Foi nesta fase que surgiram as peças com modelos e ornamentos chineses e japoneses. Mas logo a fábrica retornou ao seu estilo único e reve renciado pelos maiores colecionadores de porcelanas da Europa.
 

 

Na sua nova sede em Sèvres, a manufatura admitiu grandes nomes em todos os setores: Jean Hellot, que pertencia à academia de Ciências, foi contratado como químico; Duplexis, escultor-fundidor, cinzelador e dourador, foi contratado para dirigir os modeladores e laminadores; Mathieu, esmaltador do rei, foi encarregado da douração e pintura. As primeiras peças fabricadas neste período foram puramente ornamentais: são ânforas, vasos, jarros de grande tamanho e produtos utilizados como decoração nos grandes palácios e residências.

Gravart, Taunay e Caillot foram os descobridores de uma grande quantidade de cores, utiliza das com êxito: o famoso "bleu de roi", conhecido como azul real ou "bleu de Sèvres"; e o azul-turquesa (bleu turquoise). Xzrowet descobriu o "rosa-pompadour", muito utilizado no século XVIII nas decorações das porcelanas. Surgiram também roxo-violeta, o verde-maçã, o verde-folha e o amarelo-claro. Estas cores combinadas foram algumas das inovações da manufatura de objetos de decoração, e também nas bordas dos imensos aparelhos de jantar, onde o colorido, ao lado da decoração em ouro, dava às porcelanas um aspecto suntuoso e real.

 

Os mais famosos artistas franceses do século XVIII trabalharam em Sèvres: Bachelier, Falconet e Boizot eram os principais modeladores; Caillat era o principal preparador de cores e Hippolyte o encarregado da douração. Outros artistas renomados e talentosos também trabalharam na manufatura, entre eles Pigalle, Le Clerc, Pajou e Le Richel.
Até 1769 a manufatura fabricou uma enorme série de figuras, grupos e peças puramente decorativas, com alegorias mitológicas. Nas peças pequenas surgem os cupidos e anjin hos, figuras representando as estações do ano.
A Revolução Francesa e a queda da Bastilha em 1789, que causou grande transformação na França e no mundo, gerou nova crise na Manufatura Nacional de Sèvres. Seu diretor, Regnier, foi deposto e encarcerado. Somente em 1800, a crise foi debelada, graças a Alexandre Brogniart que selecionou os melhores artesãos para continuarem trabalhando na fábrica. Depois de Brogniart, dirigiram a indústria Regnault, Robert, Charles Lauth, Theodore Deck e Bawmgart.
A porcelana de Sèvres passou a ser administrada pelo poder imperial, recebendo subsídios regulares e muitas encomendas da elite francesa assim como do Imperador Napoleão Bonaparte.
 
Durante o Diretório apareceram os objetos ao gosto do Império, como ânforas, potiches e vasos com decoração criada dentro do estilo, vendo-se nas alças das ânforas figuras de cabeças de Medusa, de esfinges, etc. Encontramos nas decorações dos objetos figuras da Época Napoleônica, retratos de Josefina e Napoleão, depois Maria Luísa, o Imperador e seu filho. Nas jarras e objetos vemos a presença dos cisnes de longos pescoços, que servem de alças. Também aparecem decorações inspiradas na Grécia antiga. A cor mais usada neste período foi o chamado verde-império.
 
 
A popularização da porcelana, o aumento da produção industrial para atender o crescimento do mercado e a conseqüente queda de qualidade, não atingiu a fábrica de Sèvres, onde cada detalhe das peças é controlado com rigor. Os artesões passam horas transformando simples utensílios domésticos em obras de arte. Mesmo adotando os modernos fornos elétricos, a manufatura não abandonou os antigos fornos ingleses Milton, do século XIX. Com uma variedade de formas, temas e concepções, a indústria de porcelana de Sèvres continua assinando artesanalmente suas obras. Os artesãos continuam retocando cada peça, perpetuando a difícil arte da pintura em porcelana.

A Manufatura Nacional de Sèvres sempre se anteve fiel a sua origem conseguindo, atra vés dos tempos, aumentar seu prestígio, firmando-se como a mais importante da França.

 O Museu de Sèvres, fundado em 1934, guarda muitas obras de arte recheadas de história que hoje são apreciadas por pessoas do mundo inteiro.